A inflamação das cavidades anexas ao nariz (sinus ou seios da face) caracterizam a sinusite. Classicamente elas se dividem em agudas (com menos de 3 semanas de sintomas), crônicas (mais de 3 meses de doença) ou de repetição. Todas elas podem ser tratadas clinicamente, mas surgem situações em que o tratamento cirúrgico é necessário.
Na maioria das vezes, a sinusite aguda tem evolução benigna com o tratamento clínico com antibióticos e outras medidas. A cirurgia pode ser indicada no caso da sinusite aguda quando há uma intensa progressão de uma infecção por bactérias ou fungos e que ultrapasse os espaços das cavidades sinusais. Estas infecções em estruturas com olhos, meninges e/ou o cérebro podem acontecer. Assim, com a formação de abscesso nas estruturas oculares e cerebrais, torna-se indicado o tratamento cirúrgico. Estas complicações na fase aguda da doença podem aparecer em indivíduos que tenham comprometimento da imunidade (capacidade de defesa) ou doenças como a diabetes descompensada.
As sinusites crônicas podem surgir em função de alterações anatômicas como desvio do septo nasal, aumento de adenoides nas crianças, infecção ou extração dentária e rinite alérgica, entre outras. Algumas destas causas podem ser indicação para cirurgia.
Com o tempo de infecção, o tecido de revestimento das cavidades sinusais (mucosa) torna-se espesso e, às vezes, formam pólipos (saliências de tecido inflamatório). Caso estas alterações não regridam com o tratamento clínico, a cirurgia pode ser indicada para alívio dos sintomas.
Assim, numa mesma cirurgia pode-se tratar eventuais causas bem como as alterações das cavidades sinusais desencadeadas pela sinusite.
O desejado é que, com a cirurgia, haja um bom arejamento das cavidades e a manutenção de uma mucosa de revestimento saudável.
A cirurgia sinusal geralmente é realizada com endoscópio e com a utilização de vídeo. Diversas são as técnicas cirúrgicas que podem ser empregadas e a escolha será de acordo com as alterações observadas em exames de imagem como a Tomografia computadorizada.
No pós-operatório é necessário o acompanhamento médico constante em função da possibilidade de recidiva do quadro infeccioso.
Em caso de dúvida procure sempre seu médico otorrinolaringologista.