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Foto do escritorPaulo Lazarini

Paralisia facial - o prognóstico depende de um tratamento adequado

Atualizado: 24 de jul. de 2022


O prognóstico da Paralisia Facial, principalmente nas formas agudas, está intimamente relacionado com os fenômenos que ocorrem com o nervo facial em seu longo trajeto a partir do cérebro, pelo interior do osso temporal (osso do ouvido), até chegar nos músculos da face. Pelo fato do nervo estar escondido dentro deste osso, a avaliação do que acontece com ele e o prognóstico da paralisia torna-se bastante difícil.

Saber o que ocorre no nervo facial dentro do osso é de fundamental importância para se estabelecer o prognóstico de uma paralisia facial. Uma lesão neural do nervo facial onde haja apenas um bloqueio funcional na transmissão elétrica ou uma grave degeneração podem se manifestar clinicamente de forma igual, não havendo por vezes diferenças evidentes que possam distinguí-las, muito embora tenham prognósticos muito diferentes.

Entre os exames auxiliares para se estabelecer o prognóstico da paralisia facial esta a Eletromiografia. Este exame baseia-se na estimulação dos musculos da face através de agulha de inserção ou eletrodo de superfície. Diferencia-se dos demais testes elétricos por estimular diretamente o nervo e captar a atividade do músculo avaliado, aferindo indiretamente o grau do comprometimento do nervo.

Os possíveis resultados encontrados na Eletromiografia são:

a) silêncio ou repouso elétrico – ocorre em músculos normalmente inervados ou em casos de severa fibrose local;

b) potencial de unidade motora – está presente durante a contração motora voluntária e ausente nos casos de paralisia facial completa. Quando presente nos casos de paralisia indica lesão incompleta;

c) potencial de fibrilação – ocorre em contrações involuntárias e invisíveis de uma fibra muscular em degeneração;

d) potencial polifásico – observam-se quatro ou mais fases no potencial e é encontrado nos casos em regeneração neural;

O exame deve ser realizado duas ou mais vezes durante a evolução da paralisia em fase aguda e subaguda, de forma a identificar sinais de degeneração ou regeneração que auxiliem no prognóstico da doença. Porém, sua utilização só pode ser feita a partir de 14 dias do início do quadro, pois antes disso a lesão nervosa ainda não causou repercussões musculares mensuráveis no exame.

Cabe ao médico especialista tentar diferenciar estas situações que podem estar relacionados à boa ou má evolução clínica dos indivíduos. Além dos exames que possamos utilizar, a observação clínica é o dado mais importante na avaliação do paciente. À medida que se nota a melhora da movimentação facial, pode-se dizer que há uma recuperação da transmissão elétrica pelas fibras do nervo, indicando um melhor prognóstico.

Pesquisas mostram que alguns dados clínicos têm sido relacionados a uma evolução mais desfavorável, ou seja, melhora mais lenta e, por vezes, incompleta da paralisia:

  • Idade maior que 50 anos;

  • Intensidade da paralisia maior;

  • Perda auditiva acompanhando o quadro;

  • Presença de vertigem concomitante;

  • História de recorrência da paralisia;

  • Paralisia facial não-Bell

É de fundamental importância o acompanhamento médico especializado. Nao é incomum o paciente procurar precocemente a ajuda de outros profissionais como fisioterapeutas, dentistas e fonoaudiólogos, sem a devida investigacao clinica, isto é, sem definir a causa da paralisia. Nem toda paralisia facial é a paralisia de Bell! Um bom exame clinico e exames diagnósticos podem definir a causa da paralisia. Isto vai proporcionar um tratamento correto para cada paciente. Já, os procedimentos auxiliares ao tratamento serão úteis, num momento adequado da evolução da doença, e devem sempre serem indicados com orientação médica.

Portanto, o prognóstico da paralisia facial, depende de um bom diagnóstico e de tratamento adequado a determinada causa da doença.

Saiba mais sobre paralisia facial e sobre o Dr. Paulo Lazarini em nosso site www.paulolazariniotorrino.com.br




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